A preparação do setor para enfrentar o colapso climático exige uma abordagem multifacetada, que vai desde o fortalecimento de laços com as comunidades locais até a adoção de tecnologias avançadas como a inteligência artificial
As mudanças climáticas deixaram de ser uma ameaça distante e se tornaram uma dura realidade para a nossa geração. O impacto dessas transformações afeta diversas áreas, mas o setor do varejo deve se preparar ainda mais para enfrentar os desafios de um futuro em que os eventos climáticos extremos serão cada vez mais frequentes.
O relatório “O Varejo Brasileiro em Permaevolução 2025”, conduzido pela WGSN em parceria com o E-commerce Brasil, traz um alerta evidente para as marcas sobre a necessidade de flexibilidade, apontando que o sucesso no futuro dependerá da adoção de novas estratégias e tecnologias.
A competitividade e a relevância no mercado não serão apenas uma questão de adaptação, mas de inovação contínua, conforme as empresas ajustam suas operações para enfrentar um ambiente em rápida transformação.
Impactos no varejo: como o clima mudará as relações de consumo
No varejo, padrões climáticos imprevisíveis podem complicar a logística comercial, e a gestão eficaz do fluxo de produção será essencial para evitar o “efeito chicote” — um descompasso entre pedidos e vendas que afeta tanto o atendimento ao consumidor final quanto a eficiência operacional das empresas. Para sobreviver a essa nova realidade, os varejistas terão que ajustar suas operações com rapidez e resiliência.
Além disso, o colapso climático também traz à tona a necessidade de as marcas assumirem um papel mais ativo na preservação do meio ambiente. O compromisso com práticas socioambientais já não é mais uma escolha, mas uma demanda crescente dos consumidores.
O relatório revela que, embora a conscientização sobre ESG tenha avançado, apenas 13% dos líderes de marcas acreditam que suas empresas estão realmente à frente em relação a esses compromissos. A urgência agora é pensar além da diferenciação de mercado e incorporar iniciativas que tragam impactos positivos reais à sociedade e ao meio ambiente.
A adoção de práticas como a economia circular é uma das saídas apontadas pelo estudo para ajudar as empresas a navegar pelas crises climáticas. Em vez de focar apenas na redução de resíduos, essa abordagem propõe otimizar todos os recursos disponíveis — de parcerias e tecnologias a ações ambientais e sociais —, criando um modelo de negócio mais saudável e sustentável a longo prazo.
Contudo, enquanto o clima impõe desafios, a tecnologia, especialmente o uso de dados e inteligência artificial (IA), surge como uma aliada poderosa na adaptação do varejo. A IA generativa, segundo o relatório, será fundamental para que as marcas entendam e antecipem as necessidades dos consumidores. A capacidade de prever demandas, conhecida como “comércio subconsciente”, promete revolucionar a forma como os varejistas planejam suas vendas e estoques.
Insights e estratégias para o varejo se preparar para o clima em 2025
O documento identifica cinco macrotendências que fornecem um verdadeiro roteiro para o varejo prosperar. Essas tendências, que vão desde a gestão de operações logísticas até a integração da inteligência artificial, oferecem insights essenciais para quem busca não apenas sobreviver, mas também prosperar em um futuro incerto.
1 – Ascensão do varejo hiperlocal
Os consumidores estão cada vez mais buscando produtos e serviços que estejam alinhados com os valores e as necessidades de suas comunidades locais. Essa valorização do hiperlocal tem sido impulsionada pela conveniência e pela proximidade, tendências que ganharam força durante a pandemia.
Para o varejo, é importante fortalecer os laços com o público local, o que pode ser feito através de parcerias com pequenos produtores e fornecedores da região. Além disso, ajustar o mix de materiais com base nas preferências locais garante uma operação mais flexível e resiliente, especialmente em tempos de eventos climáticos extremos que podem impactar a logística.
2 – Renascimento do varejo
No varejo, o papel das lojas físicas está em transformação, e o conceito de “brandship” — que vai além da venda para criar jornadas memoráveis — está ganhando destaque. Marcas que transformam seus estabelecimentos em destinos de experiência e criam eventos exclusivos conseguem gerar uma conexão emocional mais profunda com seus consumidores.
Em um cenário de clima extremo, essas experiências podem servir como refúgios confortáveis, reforçando a identidade da marca e fidelizando o cliente. Investir na ambientação das lojas e no design sensorial também é uma excelente maneira de diferenciar a marca e proporcionar uma experiência única.
3 – Amadurecimento da inteligência artificial (IA)
A inteligência artificial já está transformando o varejo, e seu amadurecimento permitirá uma revolução ainda maior no setor. Varejistas podem utilizar IA para prever variações climáticas e ajustar automaticamente o planejamento de estoques, garantindo que as demandas dos consumidores sejam atendidas, mesmo em momentos de escassez.
Além disso, a personalização em tempo real, baseada no comportamento do público e nas condições locais, também será fundamental. A IA também permite uma gestão mais eficiente da logística, integrando sistemas omnichannel e criando uma experiência de compra fluida, tanto online quanto offline.
4 – Paradoxo da polarização
O comportamento dos consumidores está cada vez mais moldado por seus valores pessoais, especialmente em relação a questões sociais e ambientais. Marcas que compartilham desses valores tendem a ser mais bem aceitas, enquanto aquelas que não se alinham aos princípios dos consumidores podem ser rejeitadas. Para os varejistas, a transparência e a autenticidade são a chave para o sucesso.
É necessário comunicar de forma transparente os compromissos com questões sociais e ambientais e adotar práticas que realmente reflitam esses valores. Narrativas autênticas e uma postura genuína ajudam a construir confiança e lealdade dos indivíduos.
5 – Responsabilização ecológica
A sustentabilidade continua sendo um tema central no futuro do varejo. Com o aumento da conscientização ambiental, os consumidores estão exigindo práticas mais responsáveis das empresas. Para os varejistas, isso significa integrar políticas de preservação em todas as etapas das operações, desde o uso de materiais recicláveis até a implementação de programas de logística reversa para o descarte adequado de produtos.
E claro, comunicar essas ações de maneira honesta com o público é fundamental para construir uma imagem positiva e engajada. Estabelecer metas de longo prazo, que sejam mensuráveis e genuínas, demonstra um compromisso real com a preservação do planeta.
A preparação do varejo para o clima extremo de 2025 exige uma abordagem multifacetada, que vai desde o fortalecimento de laços com as comunidades locais até a adoção de tecnologias avançadas como a inteligência artificial. Ao se adaptar a essas macrotendências, os varejistas estarão mais aptos a enfrentar os desafios trazidos pelas mudanças climáticas e a atender as expectativas de um consumidor cada vez mais exigente e consciente.
A PostALL Log, especialista em logística promocional, é uma parceira estratégica para os varejistas que buscam se adaptar a esse novo cenário. Com uma logística flexível e inteligente, a PostALL pode ajudar a otimizar a distribuição de produtos, mesmo diante das variações climáticas imprevisíveis. A empresa também oferece soluções personalizadas para cada região, garantindo que os varejistas possam atender suas comunidades de forma eficiente e sustentável.
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